Qualquer desvio desses princípios caracteriza a má oclusão, cuja severidade pode variar de simples a muito complexa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência é de 30% a 35% em adolescentes de 10 a 12 anos.
As causas primárias podem ser por fatores hereditários e enfermidades intra-uterinas e as causas secundárias são pertinentes aos arcos dentários e aos fatores extrínsecos, que se relacionam com os hábitos bucais indesejáveis.
Os hábitos provocam desvios na morfologia dentoalveolar e no contorno dos arcos dentários.
Entre os principais destacam-se os hábitos:
- Respiração bucal com ausência de obstrução das vias aéreas superiores;
- Sucção sem fins nutricionais (chupeta ou dedo);
- Morder unha (onicofagia);
- Postura, que podem provocar mordida cruzada posterior por pressão unilateral localizada;
- Deglutição atípica, por posição incorreta da língua no ato de deglutir, podendo provocar mordida aberta anterior.
Clinicamente, apresenta-se como qualquer variação da oclusão normal em tamanho, forma, relação das arcadas dentárias ou modificação dos planos inclinados das cúspides dos dentes.
Na adolescência, o tratamento normalmente é de caráter complexo, abrangendo as áreas de odontologia, fonoaudiologia, otorrinolaringologia e psicologia.
Tratamento Preventivo
Conscientizar os adolescentes de como os hábitos indesejáveis se instalam e quais as consequências prováveis (através de modelos, fotos, entre outros).
Medidas preventivas referentes às possíveis causas primárias e secundárias devem ser implementadas.
Tratamento Interceptivo e Curativo
Feito pelo profissional competente de modo a interceptar ou corrigir o distúrbio o mais rápido possível após o diagnóstico.