Pessoas que sofrem de diabetes também estão mais sujeitas a desenvolverem doenças gengivais, como a gengivite e a peridontite. Além disso, somando-se a elas, outras complicações podem surgir, tais como doenças cardíacas, renais e derrame cerebral.
Os diabéticos têm maior dificuldade em combater essas infecções, devido o fator relacionado à alteração da função dos leucócitos, responsáveis pela defesa do organismo.
Obviamente, não se pode evitar o surgimento de uma doença, mas o seu diagnóstico precoce permite um tratamento com melhores resultados e o controle de doenças através de ckeck-ups periódicos.
O que é melhor, trabalhar no sentido de manter a saúde, ou esperar uma doença aparecer, se estabelecer com todos os sinais e sintomas, para então tratá-la?
A boca é uma janela para a saúde do corpo. Ela pode revelar sinais de deficiências nutricionais ou de doenças no seu organismo.
Doenças sistêmicas – aquelas que afetam o corpo todo – como certos tipos de câncer, diabete e AIDS por exemplo – podem manifestar-se, inicialmente através de lesões na boca ou de outros problemas bucais.
Inúmeras bactérias estão presentes na boca e algumas delas são responsáveis pelo aparecimento da cárie e das doenças periodontais (da gengiva). Pesquisadores descobriram que a periodontite pode estar relacionada com outros problemas de saúde, como as doenças cardiovasculares, derrame e pneumonia bacteriana. Da mesma forma, gestantes com periodontite têm risco aumentado de terem bebês prematuros ou com baixo peso.
A doença periodontal é muito freqüente nos diabéticos. Além disso, existem evidências que estas pessoas são mais propensas a desenvolver periodontite mais severa do que os não portadores de diabete. Alguns estudos sugerem que a periodontite dificulta o controle dos níveis de glicose no sangue (glicemia) mais difícil nos diabéticos.
O que você pode fazer?
Devido a possível relação existente entre a periodontite e problemas sistêmicos, a prevenção pode ser um passo importante na manutenção da saúde como um todo. Escove seus dentes corretamente três vezes ao dia e use o fio dental pelo menos uma vez ao dia. O seu dentista poderá recomendar o uso de algum antisséptico bucal como complemento de sua higienização bucal diária.
Tenha uma dieta balanceada e limite os lanches entre as refeições para reduzir o risco de desenvolver cáries e doença periodontal.
Faça visitas regulares ao dentista. A limpeza realizada pelo profissional, através de raspagem e polimento, é a única maneira de remover o cálculo (tártaro) que se forma ao longo do sulco gengival em torno dos dentes.
Procure o dentista se você notar algum desses sinais:
- gengiva que sangra ao escovar ou passar o fio dental;
- gengiva vermelha, inchada e sensível;
- afastamento da gengiva em relação ao dente;
- mau hálito persistente;
- presença de pus entre o dente e a gengiva;
- dentes moles ou separados;
- alteração na forma de articular os dentes ao morder;
- alteração no encaixe das próteses parciais sobre o rebordo e dentes remanescentes.
Comente com o seu dentista sobre as alterações em sua saúde de uma forma geral, particularmente a ocorrência de doenças recentes e/ou condições crônicas. Forneça um histórico de sua saúde atualizado, incluindo medicamentos que faz uso. Se você é fumante, procure saber sobre as opções terapêuticas existentes para quem deseja parar de fumar.
Se estiver gestante ou pensando em engravidar, preste bastante atenção nos seus dentes e na gengiva. A gestação – e as alterações dos níveis hormonais que ocorrem neste período – podem exacerbar alguns problemas bucais.
Tomando os cuidados necessários com a saúde bucal, será muito importante, pois você também terá saúde geral, proporcionando-lhe qualidade de vida!