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Terça, 04 Outubro 2016 14:26

Saude Bucal na vida social dos Idosos

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Uma boa saúde bucal é de extrema importância para a manutenção da saúde geral, contribuindo para o bem-estar físico, psíquico e social do paciente.

Existe uma falta de percepção quanto à necessidade de tratamento odontológico, tanto por parte do paciente idoso como pelos seus familiares, pessoal de apoio e demais profissionais consultados por ele. Tanto os idosos como seus familiares devem ser conscientizados de que existe uma necessidade contínua de cuidados bucais. Dessa forma as pessoas na dercira idade mantem sua rotina de atividades mais felizes, confiantes com a auto estima, podendo se comunicar, comer, cantar, gargalhar e socializar sem nenhum medo ou receio.

O Brasil passa por um processo de envelhecimento populacional rápido e intenso, tanto que a expectativa de vida do brasileiro continuará aumentando nas próximas décadas. Por isso, há a necessidade de se proporcionar maior qualidade de vida ao segmento idoso da população, enfocando os aspectos físico, social e psicológico.

Dentro dessa realidade, o estado de saúde bucal dos idosos tem adquirido maior importância nas últimas décadas nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, visto que essa faixa da população cresce lentamente, porém continuamente, em razão do aumento da expectativa de vida.

Quanto mais longa é a vida média da população, mais importante se torna o conceito de qualidade de vida, e a saúde bucal tem um papel relevante nesse contexto. Saúde bucal comprometida pode afetar o nível nutricional, o bem-estar físico e mental e diminuir o prazer de uma vida social ativa.

A terceira idade, atualmente chamada de “melhor idade” é formada por um grupo heterogêneo de pessoas em virtude das diferentes experiências de vida acumuladas pelo indivíduo. Existem idosos de diferentes níveis econômicos, culturais e de saúde, além de idosos com diferentes níveis de motivação quanto à manutenção da saúde bucal. Dessa forma, essas diferenças podem afetar a aceitação, a realização e o sucesso do tratamento.

É necessário conhecer as alterações fisiológicas e patológicas que acometem o organismo do paciente idoso, bem como os aspectos psicossociais de interesse para este indivíduo. O cirurgião-dentista também deve estar em contato direto com o médico geriatra, com o intuito de avaliar a administração das drogas, visto que o idoso faz uso de alguns medicamentos que apresentam efeitos colaterais, ou, mesmo, provocam alterações no nível de saúde geral.

O papel da odontologia em relação a essa faixa populacional é o de manter os pacientes em condições de saúde bucal que não comprometam a alimentação normal nem tenham repercussões negativas sobre a saúde geral e sobre o estado psicológico do indivíduo.

Algumas das condições clínicas fisiológicas decorrentes do processo de envelhecimento que podem estar presentes na cavidade bucal do idoso podem ser:

1 - Redução da capacidade gustativa
A redução da capacidade gustativa associada ao doce, salgado, amargo e ácido é verificada a partir dos cinquenta anos e atinge cerca de 80% dos pacientes idosos. A gustação sofre alterações com o avanço da idade porque o número de botões gustativos na papila diminui significativamente, principalmente após os setenta anos.

2 - Alterações nas glândulas salivares
A função adequada das glândulas salivares é essencial para todos os aspectos das funções bucais. A saliva ajuda na proteção dos tecidos bucais, lubrificando a mucosa, prevenindo a desmineralização e promovendo a remineralização dos dentes. As alterações nas glândulas salivares podem provocar xerostomia (boca seca) e diminuição na produção da amilase salivar, o que dificulta a deglutição e posterior digestão dos alimentos.

3 - Alterações no periodonto
Como a cárie dental, a doença periodontal é causada pela placa bacteriana que se acumula e adere à superfície dos dentes, acarretando uma destruição dos tecidos locais. Então, os produtos das bactérias penetram nos tecidos periodontais iniciando a resposta inflamatória.

4 - Alterações nos dentes/uso de próteses
Dos problemas bucais existentes no paciente da “melhor idade”, a perda de dentes é um dos mais frequentes. Em decorrência disso, a reabilitação protética torna-se fator importante para o restabelecimento das condições bucais ideais do paciente. A perda da dentição permanente influenciará na mastigação e, consequentemente, na digestão, bem como na gustação, na pronúncia e na estética.

A odontologia voltada para a terceira idade recentemente foi reconhecida como uma especialidade: a odontogeriatria.

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